sábado, 5 de julho de 2014

4º Dia - Santa Comba - Pedrógão Grande (1º parte da 3ª etapa)

26 de Junho 2014, 4º Dia, 3ª Etapa de Stª Comba Dão a Pedrógão Grande

Saimos de Stª Comba Dão bem cedo. Deixámos a chave do complexo escutista no local combinado no dia anterior.
Estava um nevoeiro cerradinho que não se via nada à frente, ou quase anda.  É desconfortável andar de bike assim, parece que não se passa nada e passados 5 minutos estamos completamente encharcados.
Iniciámos o dia a tentar vingar o DNF do Estádio Municipal do dia anteior (DNF é a sigla que se usa no geocaching que significa que não encontramos a cache em questão).
Assim que chegámos vimos logo a cache. Alguém a tinha levado para casa no dia anterior e o que nos intriga é.. para quê? Tinhamos falado ao telefone com o dono da cache que confirmou que estávamos no local certo. Felizmente quem  a levou voltou para a devolver.
Ainda antes de abandonarmos a localidade lembrava-me da minha última visita a Stª Comba que havia uma painel de azulejos com o mapa do concelho  e que esse painel seria o local ideal para dar o tiro de partida para esta etapa. E assim foi!




Passámos a ponte para a margem esquerda do Rio Dão e para seguirmos a EN2 temos que sair logo à direita passar por baixo do IP e seguir em direção ao Vimieiro.
Aqui encontrámos a primeira cache do dia, cache essa do nosso amigo Hugo Inocêncio (Hugo & Any). Tinhamos pensado fazer esta cache na noite anterior para não perdermos tempo na paragem hoje, mas como estava muito escuro e o local é muito junto ao rio e algo inclinado resolvemos que seria melhor ser a primeira cache do dia. A cache é a "Memória da Ponte - GC52Z5T e mostra-nos a ponte que aqui existiu e que atualmente está submersa pelas águas da barragem. Quando o nível da água baixa ainda é possível ver a ponte.





A partir daqui vamos sempre juntinho ao IP3 ora de um lado ora do outro. Depois de passarmos para o lado direito do IP3 (passamos por cima) existem duas estradas à esquerda. Uma é proibida da bicicletas, entrámos na segunda. Não me foi estranha a zona pois nos meus preparativos para a aventura passei muitas horas ao PC de roda do street view do Google Earth e as imagens inloco foram-me logo familiares.
Um pouco mais à frente heis que passamos por uma placa vermelha a dizer N2 e só depois de a passar me lembrei que o Amigo Trindade tinha pedido para lhe tomar atenção e fotografar pois era uma prova de que ali era o traçado da N2. Mas, poucos metros antes dessa placa, não consigo agora precisar tinhamos encontrado um marco kilométrico em pedra que provava isso mesmo.



Por toda a parte e principalmente no lado do Vimioso se encontram referências ao estadista António de Oliveira Salazar. Este estadista era oriundo de Stª Comba Dão e aqui também se encontra sepultado. Vimos diversas escolas com o nome de Salazar. Aqui não se lembraram de lhes mudar de nome  para por exemplo "Escola Cantina 25 de Abril"...




Seguiamos na EN2 ao lado do IP3 na zona da placa vermelha. A cache que se seguia era a multi-cache na estação de serviço da Aguieira em pleno IP3.
Tinha visto no Street View do Google Earth que havia um buraco na rede que nos permitia entrar na estação de serviço mesmo que não estivessemos no iP3. Ao chegar ao local o buraco estava reparado e não havia entrada para ninguém. Por sorte nossa, ou não, o portão estava aberto  e não precisamos de andar a inventar. Sim, porque se estivesse fechado teriamos que arranjar forma de entrar, estava lá uma cache e ainda por cima válida para a badges.
Entrámos já o CT1CQK andava de roda dela pois ele veio pelo IP3 e não pela EN2. Cache encontrada e a fominha a apertar lá tivémos que desembolsar uma fortuna por um pequeno almoço de sandes mista e galão. Mas pronto... comer em áreas de serviço é para quem pode.

Metemo-nos novamente à estrada, voltámos a sair pelo portão e seguimos em direção à ponte. A ponte está em obras o que complica um pouco a circulação a bicicletas. Passámos a ponte e as obras continuavam. Optámos por sair do IP e seguir por um caminho semi-alcatroado mesmo ao lado quem sabe até poderá ser o traçado original da EN2.

Como o nosso destino era a barragem da Aguieira pois era mesmo onde está o paredão que passava o traçado original da EN2 teriamos que sair na primeira à direita do IP3 e ao faze-lo iriamos passar bem pertinho de uma cache localizada num VG. Como o acesso ao VG estava mesmo ali resolvemos ir tentar a sorte nessa cache. Cache encontrada, mas o pior estava para vir.
Deixei a bicicleta enconstada a uma árvore e fomos em busca da cache. Ao regressar à bicicleta vejo uma grande algazarra no chão de insetos voadores amarelos. Tinha deixado a bike mesmo em cima dum vespeiro daqueles num buraço na terra.

Para começar levei logo duas picadas, uma no gémeo esquerdo, outra na cocha direita.... ou seja, pernas! E pernas tem tudo a ver com bicicletas.....
Fugi, lógico. Parti uma pequena pernada de pinheiro e consegui afugenta-las. O pior é que a bike continuava lá, em cima do covil de tão maldito insecto.... tive que ir buscá-la. Felizmente não levei mais nenhuma picada. Não inchou muito, penso eu porque estava frio e porque logo depois veio uma carga de exercício que fez com que o veneno se espalhasse pelo corpo mais rapidamente.

Chegámos à barragem já lá estava o CT1CQK à nossa espera.





Seguimos sempre junto ao rio até Oliveira do Mondego onde voltámos a entrar no atual traçado da EN2 / IP3 onde circulámos mais ou menos 1km. Voltámos a sair para a direita para o traçado antigo.
Aqui  e depois de andarmos um pouquinho chegamos a um entrocamento curioso.
Em todos os blogs que li sobre a EN2, em todos os sites que pesquisei estava lá estampada um fotografia deste entroncamento. Nós e para não fugirmos à tradição cá vai a nossa....



Um pouco mais à frente diz o Jerónimo "Eh pah, temos uma cache aqui a 300 metros à esquerda, bora lá?"
Achei estranho aparecer essa cache no GPS dele e não aparecer no meu. Ele fez uma PQ da EN2 a apanhar todas as caches a 500 metros (se não estou em erro) da EN2 e eu optei por percorrer a EN2 pelo mapa e ir passando para o GPS apenas as caches que eram as mais adequadas à nossa travessia, logo se esta não estava nas minhas escolhas (porque as vi uma por uma) é porque não era adequada hehe....
Pergunto eu ao Jerónimo:
"- Então e como se chama a cache?"
"- Windmill - TB Hotel" reponde ele
Já a para com os meus botões, ou melhor com os pedais e mudanças leves da minha bike,  concluo que windmill é Moinho de Vento e que os moinhos de vento normalemnte encontram-se nos topos dos cerros.... ai estava a razão pela qual esta cache não estava no meu GPS.
Apontámos subida acima e lá estava o windmill e o CT1CQK ao lado dele.
Felizmente era um monumento e não era tão alto assim.




Apesar da cache ser um TB hotel, nem um TBzinho que tinha. No entanto nos eventos aparecem sacos de asas cheios deles. Apenas um àparte... os TB são para circular de cache em cache e não de evento em evento dentros de sacos do Continente ou Pingo Doce, OK???
Quase quase a chegar a Penacova, tirámos a foto que se segue. É uma mania, fotos de placas e dos kilómetros, mas que é uma mania bem porreira lá isso é.




É nesta zona magnífica que surge a primeira e única EarthCache válida para a badges da EN2. Tem um nome esquisito como quase todas as EarthCaches mas é mais conhecida pela Livraria do Mondego - GC1627H.
Umas estruturas em pedra imponentes junto ao rio, com ravinas enormes que fazem deste local um ex-líbris da paisagem. Lindo!
Não deixo foto para não ser spoiler à EarthCache.




Nesta zona ainda encontrámos placas da EN2 à antiga, em cimento ou em betão. Placas que em praticamente todo o lado foram substrituidas por ferro galvanizado e alumínio.
Lembro-me bem deste tipo de sinalização. Na zona da serra do Caldeirão existiam imensas. Hoje, o metal acabou com elas.





A próxima paragem seria na Praia Fluvial do Reconquinho - GC2TXMA. Uma descida bastante inclinada desde a EN2 até ao nível do rio o que queria logo dizer que para regressar à EN2 seria logicamente uma subida bastante inclinada. Fez-se bem!
Esta praia encontra-se no seguimento da paisagem que já nos acompanhava desde a barragem da Aguieira. O rio calmo, areia na margem e... a cache para encontrar.
Fomos de bike mesmo até ela e depois de alguma busca lá pareceu. O Luis teve que deixar a carrinha no parque de estacionamento e foi a pé. Nada de especial, 150 ou 200 metros para cada lado.
 



Seguindo EN2 abaixo (abaixo que é como quem diz) a seguir a Penacova resolvemos ir beber um cafezinho num café junto à estada. Só por curiosidade a marca do café que o café vendia (que confusão) era nem mais nem menos que "Tony", isso mesmo, Café Tony! Não era o nome do café (estabelecimento) era mesmo a marca do Café (torrefação).
E pela EN2 abaixo começámos a subir... e que subida. Inclinada que nem o raio que a partisse (como se diz em Olhão). Uma das fotos desta subida está partilhada no facebook pelo nosso companheiro de aventuda Luis Teixeira que se divertiu no seu carrinho a ver aqui os desgraçados a sofrer hehe...
Já em Vila Nova de Poiares optámos mais uma vez por seguir pela estrada velha que contorna a vila pela direita passando numa zona que se chama a Vendinha.
Aqui e já avisado pelo também aventureiro do pedal Mário Trindade, haveria um marco quilométrico esquisito do lado contrário da estrada. Dizia-me o Mário que o marco estava junto a uma palmeira.
Encontrámos o marco, esquisito realmente mas a palmeira já era. Serve agora para suporte de um vaso de flores. O escravelho também já chegou aqui.
O Mário conheci-o online. Não o conheço pessoalmente mas faço questão de um dia destes me encontrar com ele.
Há uns meses atrás o Mário meteu-se a caminho também pela EN2 com a sua bicicleta, sozinho com a carga toda "às costas". Começou em Braga para Chaves e veio por aí abaixo. Deu-me dicas preciosas para tentar encontrar o verdadeiro traçado da EN2.
Deixo aqui também o meu abraço e  meu muito obrigado pela grande ajuda e colaboração na preparação desta aventura.
O Mário tem um blog sobre as suas aventuras que aconselho a leitura. Fica o link aqui
O tal marco que falava, está no lado esquerdo da EN2, ou seja, no lado errado. É do conhecimento geral que uma estrada nacional começa e acaba numa outra estrada nacional e que os seu marcos quer hectométricos quer quilométricos se encontram sempre do lado direito da estrada para quem a percorre do seu Km 0 para o seu fim. Este está à esquerda! O que se terá passado aqui? Cristal? Sagres? whatever...




Um pouco mais à frente e mais uma vez a subir dámos de caras com esta terrinha. Caracol... se o nosso andamento já era fraco ainda ficou pior :D




Chegámos finalmente ao primeiro objetivo do dia. Góis!
Góis por si só já é uma referência das duas rodas. Não propriamente de bicicletas mas de motos.
Conheci Góis em 1998 e depois em 2000 ambas de moto por altura da sua concentração. A primeira com a minha namorada e com a Yamaha FZX 750 e a segunda com a minha esposa (que era a namorada na primeira visita) e com a Yamaha FZS 600 FAZER. Perdi o gosto desta concentração.
Na primeira visita  o palco estava no meio das casas, a malta acampava ali em qualquer lado. Na segunda, tudo com um controlo extremo tipo Concentração de Faro. Nunca mais lá fui.
Em Góis tinhamos duas caches para fazer, nenhuma delas a contar para a badges mas não interessava isso. Fomos fazê-las e fica a foto da cache do "Morro do Castelo - GC24C3M" em que o Jerónimo foi lavar os pézinhos hehe...





Depois de este lava pés esperava-nos uma subida daquelas. 14 ou 15km sempre a subir sem qualquer pausa que nos levaria de Góis  que tem uma altitude na casa dos 200 metros para o alto da serra da Lousã com a altitude a rondar os 800 metros.
Compensou a paisagem magnífica e a sensação de dever cumprido quando chegámos ao alto.
Ao chegar reparamos que o CT1CQK está paradinho ao lado de uma casa... e que casa! Restaurante Alto da Serra.
Nem tarde nem cedo, paragem técnica para almoço.



(continua...)

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